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ÁUDIO NAS IGREJAS

O Painel sobre Áudio nas Igrejas, realizado no último dia da AES BRASIL 2009, reuniu especialistas, entre eles, o convidado internacional Ray Rayburn e Aldo Soares, diretor da Sociedade.
Um dos principais problemas debatidos foi o risco iminente de desabamento em ambientes de cultos. Locais condenados, sob risco de desabamento, podem ser derrubados pelo grave. Segundo os especialistas, quando se inicia um projeto do zero, pode-se desenvolver um trabalho para minimizar os problemas e riscos.

Porém, foi lembrado que grande parte do trabalho do profissional de áudio começa bem depois que a edificação está pronta ou em alguma parte do processo que não permite mais fazer interferências.
Os palestrantes insistiram que é preciso pensar num projeto macro, incluindo na edificação os projetos de áudio e sonorização, todos trabalhando em conjunto, pensando, inclusive, no isolamento acústico.
Quando se pensa em pendurar caixas acústicas, é preciso ter certeza de que a estrutura vai agüentar a carga. E quando se tem um prédio cuja estrutura não está íntegra, é de se preocupar com graves e agudos.
Hoje, a tendência das igrejas é voltar-se para cultos e shows. É onde a igreja se aproxima do teatro e tem de estar preparada para diversas situações. As igrejas agora estão comprando equipamentos que qualquer empresa de locação oferece para shows de qualquer porte. É nessa hora que ela precisa do profissional de áudio. Por isso, o áudio de igreja tem de ser levado a sério.
É bom lembrar que a igreja trabalha em função da fé “pelo ouvir da palavra”, e a palavra é o mais importante da casa. Portanto, tem de haver equilíbrio entre o investimento em estética e projeto de áudio e sonorização.

Extraído do site da AES BRASIL 2009
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MICROFONES

Microfones

A palavra microfone vem do vocabulário grego que quer dizer “ Mikros ” , pequeno + “ Phone ”, som.

O Microfone foi inventado por David Hughes no ano de 1878 e é um aparelho que transforma, através de fenômenos diversos (eletrodinâmicos, piezelétricos, eletrostáticos, etc.), as vibrações mecânicas de uma membrana que recebe ondas acústicas em variações de corrente.
Esta operação de transformar ondas acústicas em sinais elétricos é chamada transdução. É tido como transdutor qualquer aparelho capaz de transformar um tipo de energia em outro.

Alguns bons exemplos de transdutor é a lâmpada que transforma energia elétrica em energia luminosa, o alto-falante que transforma energia elétrica em ondas acústicas e no caso do Microfone, transforma o som recebido (ondas acústicas) em sinal elétrico, cujas variações representam tão fielmente quanto possível as do som recebido.

A figura abaixo é uma representação de uma onda acústica depois de convertido para tensões elétricas:
No que se refere à transdução da onda acústica para sinal elétrico, os microfones podem ser classificados, basicamente, em dois tipos: dinâmico e capacitivo.
O microfone dinâmico consiste de um diafragma fino acoplado a uma bobina móvel dentro de um campo magnético. Quando o som atinge o diafragma, este se move para dentro e para fora, e este movimento da bobina dentro de um campo magnético produz uma variação de corrente na bobina (e conseqüentemente uma variação de tensão em seus terminais) análoga à variação da pressão atuando no diafragma.

Este tipo de microfone é muito utilizado em apresentações ao vivo porque é fácil de usar e dispensa o uso de alimentação elétrica. Mas, por outro lado, possuem uma baixa sensibilidade, ou seja, é um microfone “ Duro ” .

Já o microfone capacitivo, também conhecido como microfone "condenser", usa o princípio de um capacitor variável, consistindo de um diafragma montado bem próximo a uma placa fixa.

Uma carga elétrica polarizada fixa é mantida entre a placa e o diafragma e, conforme este se move com a pressão sonora, a voltagem entre a placa e o diafragma varia analogamente.

Atualmente, a carga polarizada usada na maioria dos microfones condenser é implementada com um "eletreto" pré-polarizado, uma camada carregada permanentemente na placa ou na parte posterior do próprio diafragma. A polarização por meios externos normalmente é usada somente nos microfones de estúdio de mais alta qualidade.

Este tipo de microfone já são mais “ macios ” devido à leveza e flexibilidade da membrana usada. Este tipo de microfone geralmente é alimentado por uma pilha de 1,5 volts ou por Phantom Power onde a alimentação ocorre através do próprio cabo do microfone que será visto mais adiante.

O CAPACITOR

Um capacitor é simplesmente constituído por 3 peças sendo 2 peças condutoras idênticas (Armaduras) e uma peça isolante (dielétrico) colocada entre as outras duas.

Um capacitor pode armazenar energia elétrica, mas, não é usado como alimentador. Para que se tornem claras as suas aplicações, é necessário fazer o estúdio de seu funcionamento.

Antes de entrar na parte sobre diretividade, gostaria de citar aqui mais dois tipos de microfones que fizeram grande nome no decorrer dos tempos.

MICROFONE DE FITA

Devido à “ dureza ” do microfone dinâmico, foi criado um microfone onde o nível de distorção era bem menor e o som mais macio. O microfone possui este nome, pois o conjunto de diafragma e bobina é substituído por uma fita muito fina de plástico ou metal que fica suspensa (pelas pontas) entre os pólos de um potente campo magnético ficando seu corpo livre para se movimentar. Este microfone marcou época nos anos 40 e 50 onde era muito usado em programas de rádio.

Quando o sinal incide sobre a fita, esta vibra proporcionalmente à intensidade do som, atravessando as linhas do campo magnético onde são induzidas as variações resultantes. Isto faz surgir em seus terminais uma pequena tensão.

Por isso este tipo de microfone necessita de um transformador elevador de sinal e casador de impedâncias, já que a impedância da fita é muito baixa.

MICROFONE A CARVÃO

A cápsula do microfone a carvão contém grânulos de carvão, fechada por um diafragma que vibra por efeito de ondas sonoras e exerce maior ou menor pressão sobre as partículas de carvão, o que faz variar a intensidade da corrente que passa por elas.

Um ponto fraco do telefone de Bell era o dispositivo emissor que originava um sinal elétrico muito fraco. O físico inglês David Hughes no ano de 1878 substituiu este dispositivo por outro a que chamou microfone. O microfone era composto por 3 peças de carvão. Uma delas tinha a forma de uma barra pontiaguda nas extremidades, pelas quais assentava nas outras duas peças, também em forma de barra.

DIAGRAMA POLAR (diretividade)

O diagrama polar define o ângulo de captação do microfone e sua variação em função da freqüência. O diagrama polar apresenta o eixo, ou seja, a Zero grau, e demais ângulos como 90, 180 e 270 graus. De posse deste diagrama sabe-se o comportamento do microfone em função do ângulo que o sinal emitido está em relação ao eixo.

A diretividade é dividida da seguinte forma:

Cardióide (Unidirecionais): São chamados assim porque sua curva de resposta tem a forma de um coração. Este tipo de microfone responde melhor aos sons vindos da frente. Os sons das laterais são captados com pouca intensidade e seu uso é indicado para lugares de muito barulho ou para evitar a reverberação em ambientes fechados.

Supercardióide: Apresenta característica parecida com a cardióide, mas, com maior sensibilidade aos sons vindos da frente, captando um pouco mais os vindos de trás.

Hipercardióide: Microfones ultra-direcionais, altamente sensíveis aos sons frontais, com uma sensibilidade menor do que os anteriores aos sons vindos da parte de trás. Deve ser apontado com precisão para não captar sons indesejáveis. Não devem ser utilizados em interiores ou exteriores com paredes refletoras. Em ambientes reverberantes originam perdas de definição graves e colorações indesejáveis nas vozes.

Bidirecional: Também conhecidos como são os que captam o som de duas direções opostas, na frente (0° do eixo) e atrás (180° do eixo). São muito usados em estúdios de áudio. Em televisão sua utilização é limitada.

Omnidirecional: Captam o som de todas as direções. Muito sensíveis, necessitam estar muito próximo da fonte sonora para não pegar sons indesejáveis. São indicados para a captação de festas, orquestras, quando se usa um só microfone.
POSICIONAMENTO DO MICROFONE

Geralmente, a falta de experiência de alguns artistas (geralmente cantores, locutores, etc.) na hora de se posicionar diante do microfone, atrapalha muito na hora da equalização e regulagem do volume de um microfone.

Sem ter uma noção de qual o posicionamento ideal para o tipo de microfone usado, às vezes cantam a mais ou menos 10 centímetros do microfone, às vezes colocam perto demais da boca, às vezes ficam se movimentando hora perto, hora longe, sem nenhuma dinâmica. Problemas desse tipo causam a perda do sinal, onde aparecerão problemas no resultado final. Problemas como estes podem causar “ microfonia ”

A distância ideal para o uso do microfone (na maioria dos casos), é cerca de dois a três centímetros de distância entre a boca e o microfone.

Microfonia ou Realimentação Acústica (Acoustic Feedback): Efeito em forma de um forte silvo de alta freqüência que ocorre quando as ondas sonoras emitidas por um sonofletor são captadas e re-amplificadas pelo microfone que as originou. É bem comum a microfonia causar danos a alto-falantes e amplificadores podendo também trazer problemas de audição quando a pessoa é muito espost

Na maioria dos casos as microfonias são em torno de 3.100 Hz a 5000 Hz.

MICROFONE IDEAL PARA CADA APLICAÇÃO:

Microfone de mão: O microfone de mão é o tipo mais comum. Muito usado em entrevistas e por cantores, além de permitir ser segurado pelo usuário, pode ser fixado em um pedestal, pendurado ou mesmo ser deixado no chão.

O ideal é que ele tenha um amortecedor interno para diminuir os ruídos com a manipulação e ser bem robusto. Em geral os microfones de mão são do tipo dinâmico.

Lapela: Microfone projetado para ser usado junto do corpo humano. O microfone de lapela, também chamado de “ Lavalier ” , é outro tipo muito utilizado. De formato muito pequeno, é preso à roupa deixando o usuário com as mãos livres.

Ele pode ser facilmente escondido atrás de qualquer objeto, neste caso o som deve ser muito bem equalizado para parecer natural. Os microfones de lapela podem ser ligados diretamente ou através de emissores / receptores.

Quando são usados Lavalier sem fio, um pequeno transmissor é colocado na roupa do usuário. Se ele for duplo são usados dois transmissores com freqüências diferentes. Em geral os microfones de lapela são do tipo eletreto ou condensadores.

Shotgun: O do tipo Shotgun é projetado para captar sons de distâncias maiores. Deve-se evitar apontá-lo para superfície dura, como uma parede de azulejos ou de tijolos, porque elas podem refletir sons de fundo ou deixar o som "oco".

O Shotgun é muito sensível ao barulho causado pelo vento, por isto deve ser movimentado com cuidado e, sempre que possível, usá-lo com quebra-vento de espuma (luva). Em geral os microfones Shotgun são do tipo Hipercardióide, Supercardióide ou Cardióide.

PZM: O PZM – (Pressure Zone Microphones), é um microfone projetado para captar o som de várias pessoas. Este microfone iguala o volume de todos os sons captados dentro de seu alcance. Em geral os microfones PZM são do tipo omnidirecionais. Abaixo citarei alguns microfones atualmente disponíveis no mercado que analisando custo / benefício executam bem o que propõe.

POLARIDADE E FASE

Estes termos são freqüentemente usados como tendo o mesmo significado, porém, não é a realidade.

Polaridade: Em eletricidade, mudar a polaridade é fazer a simples reversão do pólo positivo com o pólo negativo. Não importa se trata-se de CC (Corrente Contínua) ou CA (Corrente Alternada).

Inverter uma bateria em uma lanterna é a explicação mais simples para este fato. Se você reverter a polaridade da voltagem que está indo para a lâmpada da lanterna ela funcionará da mesma maneira, porém, em outros circuitos eletrônicos, o funcionamento não acontecerá.

Um exemplo da mudança de fase em CA (Corrente Alternada) é a troca da entrada dos terminais de um alto-falante. Se assim você o fizer, você terá mudado a polaridade do sinal que entra no alto-falante.

Fase: Em eletricidade, a fase tem relação apenas com a CA (Corrente Alternada) e deve haver dois sinais. Os sinais devem ser da mesma freqüência e fase refere-se ao relacionamento delas em um determinado tempo.

Se ambos os sinais alcançarem o mesmo ponto ao mesmo tempo, eles estarão em fase e se eles alcançarem o mesmo ponto em tempo diferente eles estarão fora de fase.

A principal questão é quanto eles estão fora de fase, ou explicando de outra maneira, qual é o deslocamento de fase entre eles. O importante a ser observado nessas definições é que você pode reverter a polaridade de um sinal e você pode medir esta mudança, porém, você necessita de dois sinais para medir um deslocamento de fase.

MICROFONANDO INSTRUMENTOS
Antes de qualquer coisa, devemos observar que apenas com a mudança no posicionamento do microfone podemos ter uma grande alteração no timbre.

Vamos utilizar como exemplo um cubo de guitarra. Direcionando o microfone para o centro do alto-falante, estaremos captando com mais intensidade as freqüências médias e altas, ao contrário de captarmos o som nas bordas do alto-falante onde teremos menos intensidade nestas freqüências tornando o som menos estridente.

Da mesma maneira ocorre com instrumentos, vozes, etc. Não vamos especificar neste material como fazer a captação ideal, pois, cada caso é um caso e não existem padrões. Devemos sempre experimentar e criar nossas próprias técnicas de microfonação porque nesta área não existe certo ou errado; existe apenas o que soa bem ou não.

O método de microfonação vai depender muito do estilo que será apresentado, pois, há estilos que exige um som mais estridente, outros não.

Veremos mais sobre microfonação de instrumentos em módulos mais adiante. PHANTON POWER E BIAS VOLTAGE (Voltagem de Polarização)

Muitos usuários de equipamentos de áudio profissional acham que não existem diferenças entre Phanton Power e Bias Voltage. Isto não é verdade, elas não se confundem.

Phanton Power é normalmente fornecida pela mesa de som, mas, podem também ser suprida por uma fonte de Phanton Power externa, adquirida separadamente.

Phanton Power requer um circuito balanceado onde os pinos 2 e 3 do conector XLR transportem a mesma voltagem CC relativa ao pino 1.

Ex: Se uma mesa de som fornecer 48 Volts de Phanton Power, os pinos 2 e 3 XLR de um cabo de microfone transportarão 48 Volts CC cada um em relação ao pino 1. É claro que o cabo do microfone transporta a voltagem Phanton Power bem como o sinal de áudio.

As mesas de som que fornecem Phanton Power possuem resistores limitadores de corrente que atuam como válvula de controle. Se o microfone ou cabo estiver com a fiação impropriamente conectada, estes resistores limitam o fluxo corrente para o microfone prevenindo danificações ao circuito de fornecimento de Phanton Voltage.

Um microfone dinamicamente balanceado não é afetado pela Phanton Power, entretanto, um microfone dinâmico desbalanceado será afetado. Provavelmente o microfone não será danificado, mas, não irá trabalhar apropriadamente.

Bias Voltage: É uma voltagem CC (de 1,5 a 9 Volts) que é fornecida através de um condutor único. Diferente do Phanton Power, a voltagem de polarização (bias) não requer um circuito balanceado.

A voltagem de polarização é fornecida a um transistor conhecido como (JFET) conectado à saída de um microfone de eletreto.

O JFET atua como um conversor de impedância que é uma necessidade para qualquer microfone projetado para usar um capacitor como elemento (microfone capacitivo).

IMPEDÂNCIA

Impedância é a versão CA (Corrente Alternada) do termo resistência em um circuito CC (Corrente Contínua) e significa a oposição do fluxo da corrente de elétrons em um circuito e é expressa em ohms.

A impedância que é abreviada com “ Z ” inclui a reatância capacitiva e a reatância indutiva somadas à resistência CC. A reatância está relacionada principalmente com a freqüência do sinal que flui no circuito.

A reatância capacitiva aumenta quando a freqüência diminui e a reatância indutiva aumenta com o aumento da freqüência. Por causa desta relação com a freqüência, a impedância não é medida diretamente com um multímetro como é feito com a resistência CC.

MICROFONE CALIBRADO

Os microfones para medições também chamados de “ Microfones Calibrados ” devem ter resposta plana, tipicamente dentro de mais ou menos 1dB dentro da banda de áudio (20Hz a 20.000 Hz) ou acima. É necessário também que sejam omnidirecionais para captar todo o som ao seu redor, macios, para captar os sons de baixa intensidade, e possuírem um pré-amplificador interno com uma boa extensão dinâmica como, por exemplo, 100 dB ou maior.
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EQUALIZADOR GRÁFICO OU PARÁMETRICO?

Equalizador ele é amigo ou inimigo?

Ele pode ser um grande amigo realizando a correção do áudio, isto é, se você souber usá-lo ou pode tornar um grande inimigo causando-lhe uma grande dor de cabeça.

Muitos de vocês já devem ter ouvido falar do equalizador paramétrico ou equalizador gráfico. Qual é, então, a diferença entre ele e o gráfico e para que serve? Bom, de início, enquanto o gráfico pode ter até 31 bandas por canal, o paramétrico terá no máximo dez.


EQUALIZADOR GRÁFICO

Os equalizadores gráficos são aqueles cujo painel dianteiro nos oferece uma série ou duas de potenciômetros deslizantes (como os faders de uma mesa, porém muito mais próximos entre si para permitir que sejam agrupados 62 no painel de um aparelho com os 48,xx cm do padrão rack. Alguns fabricantes a título de economia oferecem modelos menos versáteis com apenas 31 que atuam por igual em ambos os canais. O termo "gráfico" aparece no nome, pois após efetuar a sua equalização, permitem que você tem uma idéia aproximada de como os filtros do aparelho estão alterando o som que recebem da sua mesa. Na verdade a grande maioria dos equalizadores gráficos acaba tendo uma curva de atuação diferente daquele esboçado pela posição dos potenciômetros no seu painel em função daquilo que acontece devido à interação dos filtros vizinhos e da largura de banda dos filtros controlados por cada potenciômetro que não morre rigidamente no filtro vizinho. Portanto o que se deve buscar não é um desenho bonito mas a posição dos potenciômetros que propicie o ajuste adequado ao seu som.

Mencionei equalizadores de 31 (as vezes 32) bandas de equalização que são os que dentro deste tipo de equalizadores gráficos oferecem os maior recursos de controle sendo portanto os que são empregados profissionalmente. Alguns fabricantes oferecem a título de uma flexibilidade (mínima) equalizadores com ainda menos bandas que ficam alojados logo acima dos controles Master de alguns modelos de suas mesas com o propósito de incrementar os seus recursos. O que ocorre, porém, é que embora isto possa até quebrar o galho, na verdade, qualquer tipo de equalização que não oferece o ajuste de largura dos filtros, como oferecem os paramétricos, acabará afetando freqüências vizinhas inocentes que não necessitam ser alteradas e obviamente quanto menor o número de bandas ao seu dispor, maior a largura de cada banda e consequentemente, maior a quantidade de freqüências inocentes afetadas. É mais ou menos como se alguém empregasse um machado para fazer um furo que deveria ser feito com uma broca de 2 mm. Perde se muita qualidade devido às freqüências inocentes que são também cortadas.

Vamos entender para que é que serve um equalizador. Existe um conceito errôneo de que os equalizadores corrigem a acústica das salas. Um equalizador pode até auxiliar um sistema de som a funcionar APESAR dos defeitos da sala porém nunca será capaz de corrigi-los. Na verdade as principais funções de um equalizador são as seguintes:

1. Acertar a resposta das caixas de som

Sim, por melhor que seja a procedência, mesmo caixas de bom pedigree chegam às mãos dos seus usuários com arestas que precisam ser podadas. Nos últimos anos, a tendência dos fabricantes produzirem caixas amplificadas tem permitido a inclusão de circuitos de equalização e alinhamento de sinal juntamente com os crossovers limitadores e amplificadores que compõem suas caixas, neste caso e o fabricante realmente implementou estes recursos em sua caixa amplificada, temos o que eu chamaria, tomando emprestado o termo da informática, um produto "plug and play" ou seja um equipamento que não requer ajustes para a otimização do seu som, no qual basta apenas plugar o cabo com a fonte de sinal e tocar.

2. Reduzir os efeitos do mau posicionamento de caixas e microfones impostas pelo ambiente

Muitas vezes os sistemas de som são operados em ambientes de forma temporária, como por exemplo quando faço a sonorização de um congresso. Nestas circunstâncias há muito pouco que se possa fazer para escapar da disposição imposta pelos salões. É nestas situações que o equalizador surge como um "quebra galho" auxiliando a abrandar as freqüências cuja energia é somada em pontos do palco devido ao emprego das caixas de som, as vezes dispostas nas laterais, e cujas somas ao serem captadas pelos microfones tornam o sistema mais propenso à microfonia.

Deve se observar que o emprego do equalizador realmente não passa de um paliativo nestes casos, pois com a existência de múltiplas fontes sonoras reproduzindo o mesmo som, estas somas e cancelamentos de energia ocorrerão por todo o auditório em função duma relação criada pelas distâncias entre as caixas e cada assento do auditório e os comprimentos de onda de cada uma das freqüências reproduzidas pelas caixas (exceção feita somente a uma estreita linha central ao longo da qual os ouvintes estão eqüidistantes de ambas as caixas). Portanto, se alguém me chama para equalizar um sistema como este, minha primeira pergunta é: Para que posição você deseja que o som fique bom?

Devo salientar que, a rigor, esta função de se resolver freqüências propensas à microfonia deve ser realizada pelo equalizador e não pela equalização dos canais que ficam livres para correções de vozes e instrumentos, destaques para realçar os mesmos dentro do mix e outros efeitos artísticos. Na prática, porém, a realidade dos ambientes sonorizados acaba muitas vezes nos exigindo sacrificar estas funções que melhorariam a qualidade do som, para atender à mais premente e rudimentar função de combate à microfonia.

3. Para ser justo existe uma aplicação em que o equalizador abranda (porém não corrige!) um dos efeitos da acústica sobre o som. Este emprego do equalizador tem a ver com as freqüências naturalmente reforçadas pela relação de dimensões da sala. Quando uma onda tem um comprimento que é um submultiplo da largura, comprimento ou altura de uma sala, esta freqüência acaba sendo reforçada - mesmo que haja uma única fonte sonora na sala e que não precisaria nem ser amplificada (a exemplo de um cantor de chuveiro que consegue gerar ondas estacionárias num banheiro). Neste caso em se tratando de um sistema de PA, o equalizador ajuda a cortar estas freqüências de modo que não sejam tão notadas na sala.

4. Por fim existe uma aplicação na qual um operador pode desejar cortar ou realçar parte do espectro do material de programa de modo a proporcionar uma equalização artística que otimize o som de sua banda.

EQUALIZADOR PARAMÉTRICO


Para começar, você precisa entender por quê este tipo de equipamento é chamado paramétrico. Vamos lá.

O Sinal Senoidal, o Paramétrico e os Filtros

O sinal senoidal, representação matemática da onda sonora, possui alguns parâmetros básicos: amplitude, freqüência, período, largura de banda. Veja a figura abaixo:

Parâmetros do Sinal Senoidal

Quando um equalizador qualquer atua no sinal senoidal, ele está agindo em um ou mais desses parâmetros. O equalizador paramétrico, então, tem a capacidade de atuar em três parâmetros simultaneamente, enquanto o gráfico atua somente em um. Essa é outra diferença fundamental entre eles.

Como nos gráficos, os paramétricos também são constituídos de filtros. Em geral possuem de três a dez filtros, todos eles com capacidade de atuação nos parâmetros amplitude (level), freqüência central (frequency) e largura de banda (bandwidth). Podem ser construídos com um ou dois canais.

Veja abaixo uma seção (filtro) de um equalizador paramétrico e suas funções:

Seção de um Equalizador Paramétrico

Vamos detalhar a função de cada parâmetro. Vem comigo.

Level ou Nível

Esse parâmetro atua sobre a amplitude do sinal senoidal. De modo semelhante ao que ocorre no equalizador gráfico, no paramétrico essa função nos permite atenuar ou reforçar o sinal que está sendo trabalhado naquele determinado filtro. O nível de atenuação ou reforço é especificado em dB.

Frequency ou Freqüência Central

Os filtros utilizados no equalizador paramétrico são do tipo passa-faixa. Esse tipo de filtro possui duas freqüências especiais, chamadas freqüências de corte, uma inferior e outra superior, que delimitam sua faixa de atuação. Como o nome sugere, esse filtro permite a passagem de toda a faixa de freqüência compreendida entre os limites inferior e superior. Esses limites são conhecidos como freqüência de corte inferior (fci) e freqüência de corte superior (fcs).

A freqüência central, então, é aquela que está no meio da faixa que o filtro manuseia.

O paramétrico permite, por meio da função freqüência central, que o usuário escolha exatamente a freqüência sobre a qual quer que o equalizador atue.

Bandwidth ou Largura de Banda

A largura de banda é dada pela diferença entre as freqüências de corte superior e inferior. Esse parâmetro informa a seletividade do filtro, demonstrando sua capacidade de atuar somente na freqüência que se quer ou agir também sobre as freqüências vizinhas.

A bandwidth é especificada em oitavas que podem variar de 0,03 a 2. Quanto menor for a largura de banda, maior será a capacidade do filtro de atuar na freqüência especificada sem atingir as vizinhas.

Para que serve?

O equalizador paramétrico é uma ferramenta poderosa para a correção de problemas de sonorização. Deixe-me dar um exemplo: imagine que você está “passando” o som de um evento quando o orador sobe ao palco para os ajustes de voz. Quando ele começa a falar você observa que, em função da dicção do orador, há um problema de puf (b, d e p rachando). Normalmente esse tipo de problema ocorre na região entre 80 e 100 Hz. Bom, você pensa: “vou atenuar essas freqüências no equalizador gráfico”. Você pode fazer isso, claro, mas alterará a resposta de todo o sistema, podendo prejudicar o restante do trabalho. Aí você diz: “Vou tentar corrigir o problema nos controles tonais da mesa”. Só que em função da faixa de atuação do filtro ser grande, você também vai alterar freqüências que não queria.

“O que é que vou fazer então?” Use um equalizador paramétrico, claro! Coloque-o insertado no canal do orador, posicione o controle de freqüência central em 90 Hz (no meio da faixa entre 80 e 100 Hz), ajuste a largura de banda de modo a abranger a faixa em questão e atenue o nível do sinal até corrigir o problema.

Veja, essa é apenas uma aplicação para o paramétrico... há muitas outras.

Aí você vai me perguntar: qual é, então, o melhor dos dois? Nenhum, vou responder. Cada um tem sua aplicação específica, cabendo a nós, operadores e técnicos, saber como e quando utilizá-los.
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13 DICAS PARA VOZ

13 DICAS PARA VOZ

Não adianta ter um bom microfone, ter um bom estudio e não saber usar a voz, aqui segue algumas dicas importantes para voz.

1- Arranjos de composição de voz
Imagine que quer criar uma parte de uma música com voz dobrada e para tal gravou trechos das vozes em diferentes pistas, possibilitando assim a escolha das melhores partes para mais tarde as poder juntar numa única faixa. Infelizmente, para uma pequena frase apenas uma pista ficará "perfeita", talvez as outras possuam pequenas falhas, ou o cantor(a) acertou em cheio numa e não consegue voltar a duplicar esse momento. Não se preocupe: copie a parte perfeita para a outra pista, altere um pouco o pitch e depois aplique um delay de 20-35 ms.

2 Optimize a difusão do reverb
Grandes vozes necessitam de grandes reverbs, por isso experimente valores de parâmetros de baixa difusão. Porque? A difusão controla o "espessura" do eco. Locais de alta difusão ecoam com mais proximidade, enquanto que a baixa difusão os espalha para longe. Com sons de percussão a baixa difusão cria imensos "ataques" pouco espaçados, tal como berlindes quando chocam com aço. No entanto com a voz, que é muito mais sustenida, o caso é diferente, já que a baixa difusão confere muito efeito de reverb protegendo a voz de excessivas reflexões.

3 Optimize o "Reverb Decay"
Muitos reverbs oferecem um ponto de cruzamento da frequência, com tempos de decay separados para altas e baixas frequências. Para prevenir demasiada competição entre os instrumentos de média frequência, utilize menos decay nas frequências mais baixas e aumente-o nas altas. Isto irá adicionar "ar" às vozes enquanto dá ênfase a sibilantes e sons vocais que caracterizam e humanizam uma voz. Varie a definição do ponto de cruzamento da frequência para determinar o que funciona melhor para determinada voz em particular.

4 A beleza do "panning" automático
Quando se trata de voz duplas (ou dobradas), efectuar panning de ambas para o centro ou uma para a direita e outra para a esquerda cria um efeito geral muito diferente. Por exemplo, se a faixa possui vozes de coro, experimente pôr a voz principal no centro. Se quiser que a voz ceda alguma da sua proeminência aos instrumentos, deve espalhar as duas pistas para desfocar um pouco a voz. Utilize panning automático quando quer definir a voz para partes em particular da música.

5 Vozes "sussurrantes"
Lembra-se daquelas vozes "sussurantes" que os Pink Floyd costumavam utilizar? Experimente isto em músicas cujas vozes são mais proeminentes que a própria melodia (exemplo: hiphop/rap). Ligue o seu vocoder (software ou hardware) utilize a voz como modelador e pink voice como transporte (carrier), poderá ter de reduzir as altas-frequências do pink noise. Efectue a mistura por trás da voz, apenas o suficiente para conferir um efeito "sussurante". Tente também efectuar o delay por algum valor rítmico e depois ajustar o seu nível para o mais apropriado.

6 Ecos selectivos
Poderá ser interessante adicionar à voz efeitos de eco sincronizados, mas apenas para palavras específicas e breves passagens. Poderá fazer isso com os controlos de envio auxiliares automatizados. Para tal insira o delay sincronizado num bus auxiliar e suba o fader quando quiser aplicar delay, ou então corte as partes em que deseja inserir o eco, copie-as para outra pista mas na mesma posição e adicione delay sincronizado para essa pista. Esta última hipótese é preferível se possuir um número limitado de bus auxiliares.

7 Step up the plate
Se o seu reverb digital possui múltiplos algoritmos, experimente utilizar uma predefinição "plate-based" para a voz. Nos tempos "old school" de gravação, os reverbs de "plate" eram regularmente favorecidos em relação a outros reverbs chambers, que eram utilizados em instrumentos. As verdadeiras "plates" possuem um som mais apertado, com mais brilho e menos difundido, que funciona bem com vozes. Claro que não existem garantias que o algoritmo do reverb dessas "plates" soe ao mesmo do que uma "plate" verdadeira, mas já agora faça uma tentativa.

8 Alterações de pitch parte 1
Se o seu homestudio possui cassetes digitais (exemplo: ADAT), provavelmente existirá um controlo para variar a velocidade - utilize esta função para engrossar vozes duplas. Quando está a gravar vozes duplas, acelere ou abrande um pouco a cassete, para que a voz fique com um timbre um pouco diferente quando a estiver a reproduzir com o pitch normal. Uma preocupação: se acelerar a cassete para um som com pitch baixo, o timing da performance tem de ser muito bom. Abrandar a cassete aumenta as discrepâncias do tempo.

9 Alterações de pitch parte2
Este truque é tão antigo quanto o harmonizador: quando os engenheiros de som descobriram que alterar o pitch em cerca de 10/15 % e misturar o sinal harmonizado por trás da linha da voz, estava-se a adicionar um efeito muito útil de thickening ou "engrossamento". Pode fazer isto com qualquer processador digital de alteração de pitch, seja hardware ou software. Se planeia triplicar a voz, aumente o segundo alterador de pitch numa determinada quantidade equivalente ao "redutor" ou downward. Quando estiver a fazer isso será melhor a quantidade geral de shift.

10 Retire o Dolby do desemprego
A certa altura, as unidades Dolby Noise Reduction eram utilizadas em estúdio para reduzir o ruído das cassetes analógicas e eram também usadas em vozes de coro, conferindo-lhes uma sonoridade mais "arejada" e colorida. Isto acontecia utilizando Dolby durante a gravação e cancelando-o durante a reprodução. O que o Dolby fazia era comprimir tudo que estivesse acima de uma determinada frequência e adicionando-lhe pré-ênfase. Não é assim tão fácil encontrar antigas unidades de Dolby, mas se o conseguir estas tem tendência a ser muito baratas.

11 Processadores de Voz
Os processadores de voz de companhias como a TC-Helicon, Antares ou Digitech, oferecem um vasto leque de efeitos de voz, desde harmonias a uma ferramenta de formatação da voz que consegue transformar rapazes de coro em amadurecidos cantores de blues (e vice-versa). As funções de harmonia são também muito úteis e poucas pessoas estão atentas às funcionalidades destas ferramentas. Se gravar muitas vozes, ou se fizer um trabalho com sobreposição de voz, estes processadores oferecem um vasto leque de "truques"

12 Expandir ou comprimir?
É de senso comum que a maioria das vozes no estilo pop são comprimidas a uma certa extensão. Poderá aplicar uma ligeira compressão enquanto faz a gravação (apenas o suficiente para suavizar algumas das variações de nível mais abruptas), para de seguida processar o som com um tipo de expansão do loudness (exemplo: Waves, iZotope Ozone ou processadores Wave Art). Esta técnica oferece um som mais "cru" (em oposto a um mais "suave") do que se estivesse a utilizar apenas compressão.

13 Ecos de modelação
Ok, gostamos de ecos na voz. Uma característica do campo do digital, é a capacidade de modelar ligeiramente o tempo de delay. Esta função era uma parte inerente do eco das cassetes, já que a velocidade desta nunca era perfeita. Se o seu delay não oferecer modelação, poderá simular o mesmo efeito. Para tal terá de dividir o som delayed através de chorus ou flanger definido para um intervalo de tempo curto e com uma dose ligeira de modelação (experimente uma fonte de modelação aleatória se possível).

Coluna Fernanda Rodrigues
Cuide da sua voz com carinho

Você já parou para pensar na importância que a voz tem no processo de comunicação? Imagine um apresentador de telejornal com uma voz rouca, falha e cansada. Provavelmente a atenção do público se voltará mais à voz alterada do que ao conteúdo da notícia.

Atualmente 90% das profissões requerem o uso da voz: locutores, apresentadores, professores, atores, cantores, operadores de TLMK, políticos, vendedores e até feirantes, que são chamados profissionais da voz.

Já que a voz é o principal instrumento de trabalho de tantas pessoas, esta deve ser cuidada com muito zelo, pois é produzida por um mecanismo refinado e sensível.

DICAS PARA CUIDAR DE SUA VOZ:

1. Tome de 2 a 3 litros de água por dia, em temperatura ambiente. A água hidrata o trato vocal e permite que a vibração das pregas vocais ocorra com menos atrito.

2. Coma maçã, pois esta limpa a cavidade da boca e garganta e também melhora a dicção.

3. Evite falar em ambiente ruidoso, para que não ocorra competição sonora e você cometa um abuso vocal.

4. Faça refeições leves antes de dormir, evitando, assim, azias e refluxo do alimento para a garganta, o que é extremamente prejudicial para a voz.

5. Durma bem.

6. Pratique esportes.

7. Cuidado ao pigarrear, porque esse ato gera um alto impacto nas pregas vocais, podendo ocasionar futuras lesões.

8. Não fume. Nem é preciso dizer que é altamente nocivo para a saúde. Fumantes apresentam 40 vezes mais chances de ter câncer de laringe que os não fumantes.

9. Evite o álcool antes de falar intensamente. O mesmo desidrata a mucosa do trato vocal e tem efeito de anestesiar a laringe. Como a sensibilidade fica diminuída podem ocorrer abusos na voz.

10. Use roupas confortáveis que não apertem a região do pescoço.

Mitos e verdades sobre o que faz bem para a garganta

Gengibre: É adstringente, mas muito irritativo para a mucosa. Além disso, tem propriedade anestésica, assim como o álcool.
Menthol: Também tem o efeito de anestesiar. É encontrado em pastilhas e balas "refrescantes".
Própolis: É cicatrizante, mas algumas fórmulas vendidas contêm álcool e menthol.
Seja amigo de sua voz e cuide dela com carinho!

Fernanda M. A. Rodrigues é Fonoaudióloga especialista em Voz, Consultora em voz e comunicação verbal, Docente de um curso de locução e Preparadora vocal de profissionais da voz.